terça-feira, janeiro 31, 2006

Oscar


E cá estão os nomeados para os Óscares deste ano, algumas surpresas como Capote ou Crash para melhor filme, apesar deste ano tudo parecer mais ou menos encaminhado. BrokeBack Mountain parece ser o vencedor antecipado, Melhor Filme e Realização são prováveis, sendo Philip Seymour Hoffman em Capote o principal candidato ao Oscar de Melhor Actor Principal e Reese Witherspoon em Walk The Line a protagonista mais provavel a levar a estatueta para casa. É possivel que George Clooney leve alguma coisa por Good Night and Good Luck, nem que seja melhor argumento. Todas as dúvidas serão tiradas no dia 5 de Março sob a batuta de Jon Stewart que deve levar a sua irreverência do Daily Show para a Academia. A ver vamos...
Os nomeados principais estão listados em baixo. Para uma lista completa ir aqui.

Best Motion Picture of the Year
Nominees:

Brokeback Mountain (2005) - Diana Ossana, James Schamus

Capote (2005) - Caroline Baron, William Vince, Michael Ohoven

Crash (2004) - Paul Haggis, Cathy Schulman

Good Night, and Good Luck. (2005) - Grant Heslov

Munich (2005) - Steven Spielberg, Kathleen Kennedy, Barry Mendel

Best Performance by an Actor in a Leading Role
Nominees:

Philip Seymour Hoffman for Capote (2005)

Terrence Howard for Hustle & Flow (2005)

Heath Ledger for Brokeback Mountain (2005)

Joaquin Phoenix for Walk the Line (2005)

David Strathairn for Good Night, and Good Luck. (2005)

Best Performance by an Actress in a Leading Role
Nominees:

Judi Dench for Mrs. Henderson Presents (2005)

Felicity Huffman for Transamerica (2005)

Keira Knightley for Pride & Prejudice (2005)

Charlize Theron for North Country (2005)

Reese Witherspoon for Walk the Line (2005)

Best Performance by an Actor in a Supporting Role
Nominees:

George Clooney for Syriana (2005)

Matt Dillon for Crash (2004)

Paul Giamatti for Cinderella Man (2005)

Jake Gyllenhaal for Brokeback Mountain (2005)

William Hurt for A History of Violence (2005)

Best Performance by an Actress in a Supporting Role
Nominees:

Amy Adams for Junebug (2005)

Catherine Keener for Capote (2005)

Frances McDormand for North Country (2005)

Rachel Weisz for The Constant Gardener (2005)

Michelle Williams for Brokeback Mountain (2005)

Best Achievement in Directing
Nominees:

George Clooney for Good Night, and Good Luck. (2005)

Paul Haggis for Crash (2004)

Ang Lee for Brokeback Mountain (2005)

Bennett Miller for Capote (2005)

Steven Spielberg for Munich (2005)

Best Writing, Screenplay Written Directly for the Screen
Nominees:

Crash (2004) - Paul Haggis, Robert Moresco

Good Night, and Good Luck. (2005) - George Clooney, Grant Heslov

Match Point (2005) - Woody Allen

The Squid and the Whale (2005) - Noah Baumbach

Syriana (2005) - Stephen Gaghan

Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
Nominees:

Brokeback Mountain (2005) - Larry McMurtry, Diana Ossana

Capote (2005) - Dan Futterman

The Constant Gardener (2005) - Jeffrey Caine

A History of Violence (2005) - Josh Olson

Munich (2005) - Tony Kushner, Eric Roth


Entrei!


Ontem lá estava, 19h para a entrevista das 19h30 no IPJ na Expo. Com medo do trânsito e de não chegar a tempo cheguei bem antes do que era necessário. Na entrevista eramos só dois, para alem do Thiago Justino. A primeira coisa que me saltou à vista é que ele é apaixonado por aquilo que faz, está muito à vontade e fala pelos cotovelos. Não pára um momento encadeando os temas e as conversas de uma forma alucinante, falando das pessoas como se nós, que estamos com ele pela primeira vez, as conhecessemos de longa data e soubessemos exactamente quem são.
O tempo passou fluido, percebi que o grupo que lhe apareceu era bastante heterogéneo e que precisou daquela conversa para perceber realmente quem são as pessoas e o que pretendem. Da minha parte fiquei motivado, parece-me ser alguem contagiante, mas que ao mesmo tempo estudou bastante, trabalhou em diferentes áreas e tem um conhecimento pluri-disciplinar. Acredito que vai ser um workshop que vai dar bastantes frutos onde vou realmente aprender e descobrir, sempre guiado por quem conhece e sabe puxar pelo melhor de nós.
Começo quinta-feira dia 9 no Belem Clube. Somos um grupo pequeno o que vai permitir um acompanhamento mais personalizado.
Já agora... ainda há vagas. Alguem interessado?


It will be a learning experience...

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Movie Update


O frio do fim-de-semana foi propício às idas ao cinema, locais quentes e fechados sabem sempre melhor. Se a sexta - com um jantar lá em casa e a necessidade de acordar cedo no dia seguinte - não foi propícia a grandes saidas, já o Sábado esteve em grande. Comecei com o último Woody Allen Match Point com Jonathan Rhys-Meyers e Scarlett Johansson. Este é capaz de ser o filme mais negro que Allen fez ao longo da sua extensa carreira onde defende que é a sorte que determina o destino de cada um e não a sua capacidade própria ou sequer o valor moral. Com um elenco fortissimo é quase uma obra-prima conduzida com delicadeza e mestria, com um argumento muito bem construído e até algo polémico. Sem dúvida a não perder.
A segunda fita foi The Libertine com Johnny Depp primeira obra de Laurence Dunmore. Com Depp, John Malkovich e Samantha Morton no elenco esperava-se algo de notavel e não foi por falta de empenho dos actores que tal não foi conseguido. No entanto é uma fita que falha em transmitir qualquer tipo de emoção pós-monólogo inicial de Depp, que nos deixa com água na boca para uma viagem anti-orgásmica sobre a vida de John Wilmot, conde, poeta, libertino do século XVII que conheceu uma morte prematura culpa da sua vida de bebida e mulheres duvidosas. Não merece o tempo da visita e se forem fãs de Depp esperem pelo DVD.
No Domingo ainda houve tempo para uma visita ao Fórum Lisboa ver um trabalho de uma amiga inserido numa mostra dedicada ao documentarismo português.
Foi um fim de semana proveituoso...

Em família...


O problema de se começar a ficar independente, mesmo que de forma tardia, é que existem ondas de choque por parte de quem sempre sustentou a nossa dependência física, social, económica e principalmente emocional. O abandonar do ninho, por muito anunciado que seja, é sempre um momento complicado de quebra de laços, ou talvez nem tanto, mas pelo menos o quebrar de rotinas e de hábitos, o alterar dos rituais que durante anos e anos serviram de suporte a uma rede familiar e afectiva, ritos que nos transportam pela vida e nos sustentam no dia-a-dia. Sim, venho de uma família e sou uma pessoa de rituais, não tanto de rotinas mas de rituais, há coisas que preciso, preciso de uns dias de praia por ano, preciso do contacto regular com alguns amigos, preciso de estar com os meus pais, preciso de tempo com a minha namorada, preciso de ir ao cinema, preciso de teatro e dança e espectáculos, preciso de música, preciso de imaginar e discutir... Como tal é bom manter certas tradições com os meus pais. Ontem, Domingo, fiquei em casa para estar um pouco com eles... ontem vimos à lareira um DVD.
A escolha foi na base de um filme que fosse leve, divertido e calmo. Viu-se o Anger Management... Não recomendo, é bastante ridiculo, mas vá... para Domingo à noite, com lareira em casa...

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Um rapaz a arder...


Tenho a triste mania de escrever histórias, ou melhor a triste mania de imaginar histórias, que o acto de as escrever acaba invariavelmente por se ficar pelas intenções. As ideias são passadas a papel, ou a byte do computador, mas raramente são desenvolvidas. A forma das histórias é sempre de argumento de cinema. Tenho uma imaginação muito visual e os enredos normalmente vêm acompanhados de imagem e até música. No entanto é raro encontrar uma canção que encaixe na perfeição a um momento destes apontamentos literários, muito menos se a música for posterior à narrativa. Uma exepção é este Rapaz a Arder dos Naifa que se tornou a banda sonora perfeita da cena final de um filme que pensei, ou melhor, que estruturei no seu esqueleto principal. Aqui fica...

Benefícios

Desde que acabei o curso (que nada tem a ver comigo nem com o trabalho que agora faço) que trabalho em audiovisual. A vantagem de se trabalhar no meio é que às vezes se tem acesso a algumas coisitas que normalmente não são de graça. Esta semana vamo-nos mudar (parte de nós pelo menos) para o prédio ao lado. Quando assim é (e eu tenho uma mudança em média de 6 em 6 meses) faz-se uma selecção do que se leva. Existem inumeros dvd's de trabalho que já não são necessários e que são distribuidos por todos, conforme o conhecimento e agilidade de cada um em escolher das pilhas e caixas em que se encontram... Assim levo para casa mais de 50 filmes, entre coisas que gosto, que nunca vi, para guardar, oferecer, emprestar ou aquelas coisas que ao fim ao cabo nunca lhes vou tocar.
Nem sempre é um trabalho estimulante... mas às vezes tem os seus benefícios!

Ying Xiong

Foi um dos filmes que imperdoavelmente perdi no cinema no meio de exclamações e arrependimentos. Adiei o visionamento em casa puramente por uma questão de oportunidade. Ontem pude finalmente colmatar a minha falha.
Que Zhang Yimou era bom já eu sabia, que visualmente o filme era atraente tambem consegui perceber pelas apresentações, mas Heroi é mais que isso.
Heroi é um filme de poesia visual, de um imaginário oriental marcante, de uma lenda milenar que fala de amor e traição, honra, coragem e perda. É o sublimar das emoções de uma forma profunda, intensa, é o marcar de algo que nos trascende, de valores acima que cada um de nós.
Heroi é um filme de uma beleza invulgar, de uma plasticidade tactil, sensorial, de calor, de frio, de cores vivas, profundas, maiores que a realidade.
Um filme tocante que espero ter a oportunidade de rever numa sala de cinema, num ecrã condigno, no escuro que me permita absorver verdadeiramente esta obra...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Mole


(Pollock)

Sinto-me estupidamente doente, o costume, trivial e croquetes, dôr de corpo, de garganta, de cabeça, moleza, como sempre, e sinto-me estupido.
É o problema de se estar assim, a estupidificação da mente através da fragilização do corpo, de repente tudo parece mais lento, preciso que me digam as coisas duas vezes para prestar atenção, parece que abrandei e as pessoas à minha volta não notam, pareço um disco de 45 rotações a tocar a 33...
Mas recuso-me a ceder a esta treta, tenho a penúltima aula do atelier de teatro hoje, o fim-de-semana está à porta, na segunda vou fazer uma entrevista para saber se sou aceite num workshop de teatro com o Thiago Justino, nem pensar que me amolecem! Virus, bactéria, fungo ou o que seja podes ir andando que aqui não tens aconchego!

*suspiro*

Só me apetece ir para a cama... tão estupido este estado... tão estupido...

quarta-feira, janeiro 25, 2006

"Se ganhar o Euromilhões compro uma gaja destas (aponta para a televisão)"
"Mas qual é o gozo? Ela não gosta de ti..."
"Eu tambem não gosto dela é só foder e deitar fora! E se ganhar dou-te dois milhões a ti mas tens que arranjar uma amante, não me venhas com essas paneleirices de que só gostas da tua mulher!"

É casado, licenciado, tem mais de 30 anos e um filho...

Irrita-me

Há coisas que me irritam. Há coisas nas pessoas que me irritam. Há defeitos de carácter que me irritam, há alguns específicos que me irritam particularmente. Não suporto as pessoas em quem não se pode confiar, as pessoas que mentem por sistema, que mudam de palavra, que dizem uma coisa e fazem outra, que não admitem os erros, com quem não se pode argumentar.
E quando essas pessoas têm posições de poder sobre nós, irrita-me ainda mais...

terça-feira, janeiro 24, 2006

Domingo em familia


A promessa era antiga, já desde o verão passado que a Matilde dos seus 8 anos e olhos azuis me pedia "Tio, deixa-me ver a tua casa..." ou "Tio, quando é que vamos ver a sua casa?" conforme o caso, conforme a disposição, mas o pedido enternecido mantinha-se entre o tu e o você...
No domingo raptei-a para longe da mãe e dos três irmãos, agarrei na Ana combinei com a Marta e a Maria e fomos patinar.
A ideia da patinagem não foi minha, que não me aguento em cima dos patins, mas a Marta achou que era mais divertido porque assim a Matilde e a Maria podiam confratenizar e quiçá ficar amigas.
Estava frio... mesmo frio...
Primeira paragem: Baixa - quatro andares sempre a subir - casa mostrada, curiosidade satisfeita, a caminho da doca do espanhol.
Era um mar de miudos, skates, patins, bicicletas e trotinetes, se tinha rodas valia. Equipei a Matilde a rigor, a Ana calçou os seus patins e lá fomos (eu sem rodinhas nos pés, que prezo muito a saúde dos meus dentes).
Encontramos a Marta e a Maria e mais um dúzia de meninas que eram todas amigas, a Matilde não teve o à-vontade para penetrar no grupo, mas agarrou-se à Ana e lá foram. Gostei...
Gostei de ver os sorrisos, gostei da intimidade que criaram, gostei de puxar a Matilde como se fosse um corcel a puxar um charrete, gostei das cavalitas, das brincadeiras, gostei do lanche, da menina que não gosta de chocolate, dos 23 kgs de Matilde que vaticinava que eu devia pesar "para aí uns 40!" do alto do meu metro e oitenta e três.
Gostei do pôr-do-sol, do fim-de-tarde, de me transformar em abóbora nos dias em que patino e em lobisomem nos dias que não patino, gostei de ter um pé numero 93, gostei da Matilde a virar-se para a Ana e perguntar "Oh Ana posso-te chamar Tia?" Gostei do pedido que fez "quando vocês se casarem posso ser a... como é que se diz? madrinha? aquela que agarra no véu?" e quando a Ana responde que se calhar não vai usar véu a Matilde exclama "Mas tens que usar véu!" como se fosse um mandamento divino! Rapidamente arranjou solução "Se não usares véu posso ir à tua frente?"
Gostei de lhe apertar o cinto "no quarto buraco" e de apertar e desapertar três vezes os patins. Gostei de uma menina que lá estava que tambem se chama Marta perguntar inquisidora à Ana "Tu és mãe de quem?" - "Eu? De ninguem..." - "Mas tu não gostas muito de alguem?" - "Gosto." - "Então porque é que não casam e têm filhos?"
Gostei de, à saida, a Ana perguntar "Então da próxima vez qual dos teus irmãos é que trazemos contigo?" e a Matilde responder "Nenhum! Patinar é só comigo!"
Gostei do ar feliz, gostei de um Domingo à tarde em familia, com aquela familia que (oficialmente) ainda não existe.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Teste político (logo agora...)



"Your Score

Your scored -5.5 on the Moral Order axis and 4 on the Moral Rules axis.

Matches

The following items best match your score:

System: Socialism
Variation: Moral Socialism, Extreme Socialism
Ideologies: Activism
US Parties: No match.
Presidents: Jimmy Carter (81.12%)
2004 Election Candidates: Ralph Nader (86.56%), John Kerry (71.27%), George W. Bush (38.88%)
Statistics

Of the 149691 people who took the test:

0.5% had the same score as you.
6.6% were above you on the chart.
90.5% were below you on the chart.
83.8% were to your right on the chart.11.5% were to your left on the chart "

É só um teste mas achei piada. Podem ver aqui.

Kiss Kiss Bang Bang

Se pensarmos que Shane Black, que se estreou na realização com este Kiss Kiss Bang Bang, é o argumentista de filmes como os quatro Arma Mortífera ou Last Action Hero, já se podia esperar um ritmo rápido e um diálogo fluido. E Kiss Kiss Bang Bang, que marca o regresso à ribalta de Robert Downey Jr., não compromete. É um thriller divertido, ou uma comédia com mistério, mas a boa disposição é garantida, as surpresas sucedem-se e o argumento é muito inteligente. Não necessáriamente na descoberta do who dunnit que aliás revela alguns erros e um plot demasiado rebuscado, mas no fácil desenrolar dos acontecimentos, na surpresa constante, no divertido saborear de uma escrita bastante smooth a fazer lembrar velhas comédias com Cary Grant. A tagline "Sex. Murder. Mistery. Welcome to the Party" resume bem o feeling do filme
Não é, nem de longe, um clássico, mas sai-se com um sorriso na cara e uma sensação de tempo bem gasto.

Abusei um bocadinho dos inglesismos não abusei?

domingo, janeiro 22, 2006

O Sr.Silva escapou a uma segunda volta por menos de 0,6% dos votos expressos. Foi menos de metade da lotação do estádio da luz. Votos nulos foram mais de 0,7% e brancos mais de 1%... A abstenção foi de 37% em número de pessoas foi sensivelmente igual às votações de Cavaco e Soares juntos, são mais de 3 milhões de pessoas!
A todos os que não foram votar, aos que se enganaram, entregaram boletins riscados, aos que acham que não vale a pena, aos que foram passar o fim-de-semana fora... calem-se... depois desta tangente... calem-se... não têm o mínimo direito a protestar seja pelo que for, sejam os impostos, o serviço de saúde, o funcionalismo público, o desemprego, a idade da reforma... nada! Não têm a mais pequena moral para se queixar quando tiveram nas mãos a oportunidade de fazer alguma coisa, de marcar a diferença e resolveram que tinham mais que fazer...
Metade de um estádio da luz... esta noite não durmo tranquilo...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Domingo


Não devo postar mais até domingo. Dia 22 é um dia fundamental. Não vou fazer aqui um grande testamento político, nem tentar convencer ninguem a votar em que eu acho merecer. Apenas gostava que pensassem o que é que é importante num Presidente da Republica? Sendo o representante máximo da nação, o garante do regular funcionamento das instituições democráticas, um moderador, um impulsionador de debate e discussão, não será necessário alguem com uma visão global do mundo, do país, das pessoas e da multiplicidade de temas que a sociedade insere? Alguem com um conhecimento abrangente, com uma cultura pluri-facetada, com capacidade de diálogo e de raciocinio alargado? Não seria perigoso, ou pelo menos infeliz a escolha de alguem limitado, tacanho, e sem capacidade para alem de um dossier único?

No Domingo votem... em consciência.

Está decidido!

Está decidido... a tal peça que vai ser montada pelo meu grupinho do atelier de teatro para o carnaval é para crianças, baseada em sketches e... improviso! I feel tragedy's at hand! Improviso? Mas no que é que ele está a pensar??? Tudo bem improviso ensaiado e controlado... tudo bem que o meu blog tem improviso no título... Mas um grupo de gajos, sem experiência nem talento (com excepções) a improvisar perante 100 pessoas? Com coisas para putos??? Aí vem um ataque de ridículo! É que é suposto as pessoas rirem-se das piadas e não da figura de urso em palco... Tremo... O pior é que gostava mesmo de participar numa coisa deste género e não queria recusar o projecto, por mais curto que seja...

Só eu é que me meto em coisas destas....

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Dicionário de Cinema Português (1989-2003)


Chega hoje às lojas o Dicionário de Cinema Português (1989-2003) de Jorge Leitão Ramos, na sequência do Dicionário de Cinema Português (1962-1988) editado em 1989, ambos da Editorial Caminho.
Esta é uma obra de referência máxima para todos os profissionais, estudiosos, interessados ou meros curiosos da Sétima Arte e apresenta-se como o único sitio fidedigno, estruturado onde encontrar toda a informação referente à cinematografia nacional, sejam as obras ou as figuras de destaque dos 15 anos em questão.
Leitão Ramos, colaborador regular do Expresso e crítico de cinema há mais de um quarto de século, é a figura nacional que de mais perto acompanhou, estudou, reflectiu e conheceu o cinema português. Este extenso trabalho, obra de uma vida em conjunto com o outro volume da colecção (afigura-se como provável o lançamento de outro dicionário referente à época de 1896 a 1961, a restruturação do dicionário de 1962-1988 e a continuação da obra a partir de 2004), é a cupula de anos de investigação e uma dedicação diária.
A sessão de lançamento será dia 2 de Fevereiro na Cinemateca.

Eterna espera


Após longo período de afastamento eis que retorno ao meu ponto de partida e me refugiu na suave penumbra de uma sala de cinema para absorver mais uma obra, neste caso bastante aguardada. Ontem fui ver o último filme de Sam Mendes - autor de Beleza Americana - Jarhead.
Baseado em factos verídicos, numa obra escrita por um fuzileiro americano, esta fita passa-se durante a primeira Guerra do Golfo e acompanha a vida de um marine desde a sua formação até à sua participação no conflito num batalhão de snipers.
O que separa este filme de Mendes de outros títulos sobre guerra - nomeadamente as suas referências a quem presta reverência Apocalypse Now do Coppola, Full Metal Jacket do Kubrick e The Deer Hunter do Cimino - é que esta é uma película sobre a espera, sobre um grupo de homens treinados para serem e pensarem como as mais mortíferas armas de combate no planeta, mas que são confrontados com o arrastar agonizante do tempo, enquanto quase enlouquecem à espera de um confronto que insiste em fugir deles.
"Aprendemos a matar a mil metros, no Vietname demorava-se uma semana para percorrer essa distância, na 1ª Guerra um ano, aqui são dez segundos! Quando lá chegarmos já a guerra se foi embora!" - gritava um soldado desesperado por não entrar em combate. É um filme sobre o desespero, sobre a transformação, sobre a loucura que se insinua, sobre as marcas de guerra que ficam para sempre, mesmo que se não dispare um único tiro.
Com uma beleza a que Mendes já nos habituou, momentos verdadeiramente marcantes e um elenco de onde Jake Gyllenhaal, Peter Sarsgaard e Jamie Foxx se destacam, este é um dos pontos altos do panorama cinematográfico do último ano.
E enquanto não chegam Brokeback Mountain, Match Point, History of Violence ou mesmo The Producers, é sem dúvida uma referência a seguir.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Feedback


Ontem tive mais uma sessão do atelier de teatro. Um das grandes vantagens de me ter inscrito é que este mês tenho mais dias "to look forward to", para alem da sexta, o que faz com que a semana passe de uma forma muito mais agradavel. E ontem a componente dramática foi acentuada nos diversos jogos e exercicios efectuados. O problema é que não estamos a ter feedback, o Pedro Wilson (que coordena o programa) não nos está a dar nenhum tipo de informação sobre a nossa performance, não nos dá dicas, nem nos corrige, apenas explana os jogos e exercicios, que depois são efectuados da forma que queiramos. É divertido, sem dúvida, muito divertido, e o grupo é exemplar, malta porreira, aberta, descontraida. Mas esperava um pouco mais de técnica, de ensino, de orientação. Se calhar o problema é meu, por esperar algo de um atelier para amadores de apenas 7 aulas, 16 horinhas ao todo. Provavelmente a ideia é apenas a pessoa divertir-se, descontrair-se,fazer coisas que não costuma fazer no seu dia-a-dia e exprimir-se. Então eu é que tinha as expectativas erradas... mas seja como for vale a pena e é o primeiro de se calhar muitos...

25 por segundo...


O cinema é imagem em movimento - frase redundante - mais precisamente 24 imagens a passar por segundo. O cérebro humano não consegue processar as imagens a esta velocidade dando-nos a ilusão de movimento, quando na verdade o que existe é apenas uma sequência de imagens estáticas. Em televisão existe uma pequena diferença, são 25 imagens - frames - por segundo em vez de 24. A diferença é mínima, nada que o olho ou o cérebro humano consiga perceber, mas um filme que passe na televisão perde inevitavelmente alguns minutos, por passar ligeiramente mais depressa.
A vida por vezes parece fazer o mesmo, sem que nos apercebamos acelera, ou reduz a velocidade, apesar de tudo parecer, à primeira vista exactamente igual. Estou a atravessar um momento desses, o mundo flui depressa, aos tropeções, em torrentes, a vida escorre veloz sem pedir licença, sem se anunciar, mas sempre com o mesmo rumo, o mesmo fim, que é inevitavelmente um início em si mesmo. Acelero a 25, 26, 50, 100 frames por minuto, mas a realidade que me rodeia, a vida, os outros mantêm compassadamente os suaves 24 frames, vivendo dia após dia, sem tumulto ou perturbação aparente...
O pior, é que eu preciso que o resto acompanhe, tenho nostalgia do futuro, saudades do provir... E preciso suportar o lento caminhar de normalidade de um universo que não se move comigo.

terça-feira, janeiro 17, 2006

28 horas depois

28 horas depois o homem suspeito - adoro estes preciosismos jornalisticos - de ter baleado um guarda na localidade de Para Lá do Sol Posto entregou-se às autoridades. 28 horas e a Sic Noticias tinha imagens em directo "de alguma distância porque não se consegue penetrar o cordão de segurança" como explicava o jornalista live on the scene. E lá se viam uns tipos muito ao longe, sem se conseguir perceber patavina de coisa nenhuma. Um jornalista com tomates conseguia imagens de perto, um jornalista com sorte até tinha imagens de dentro da casa como o Dustin Hoffman no quase desconhecido Mad City... um jornalista verdadeiramente dedicado matava um GNR só para ter em directo e exclusivo a história na primeira pessoa, não sem antes montar na sua casa um estudio decente, com gerador próprio, lista de convidados, água potável e comida para uma semana. Lá se fazia o reality-show, mas com muita reality e imenso show. Era ver as audiências a rebentar com a estação do exclusivo, e em vez de 28 horas tinhamos pelo menos 28 dias -faz-me lembrar o 28 Dias Depois, o filme apocaliptico do Danny Boyle, que nunca mais fez nada de jeito desde o Trainspotting - e uma saga para ser continuada...

O melhor é não dar ideias... porque da forma que as coisas andam...

Vota (A)vô Cantigas!


Vi escrito nas paredes de um viaduto de acesso ao Eixo Norte/Sul, ali com vista sobre monsanto e à sombra das mini-Twin Towers, marcado a negro "Vota (A)vô Cantigas!" Não consigo reproduzir exactamente a frase porque o (A) de Avô na verdade era o simbolo anárquico e não sei como o fazer nesta blogosfera standartizada. Lá estava a frase como afirmação de rebeldia... Mas na verdade, o (A)vô Cantigas não é a antitese dos candidatos presidenciais, o (A)vô Cantigas é a soma de todos... ele tem:

  1. A altura, a magreza e a voz do Sr. Silva
  2. A idade do Soares
  3. A côr das pilosidades faciais do poeta Alegre
  4. A ligação ao povo do Jerónimo
  5. Não usa gravata como o Louçã
  6. As intenções de voto do Garcia Pereira

O (A)vô Cantigas é na verdade o candidato do regime, o canditado que une a esquerda e a direita, que atravessa gerações e classes sociais... (A)vô Cantigas Presidente... JÁ!

Para a Madalena

Este é curto. Já está! ;)

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Peça para putos

Mais uma aulinha do atelier de teatro... Continua interessante, apesar de achar que a componente lúdica dos exercicios se está a sobrepor um pouco à parte teatral, de aprendizagem dramática. Seja como for, ainda faltam umas aulinhas e as coisas vão evoluir segundo me disse o encenador/professor/actor que toma conta do projecto. No fim fiquei a falar um pouco com ele e mais dois colegas acerca do futuro do curso, hipóteses de novos ateliers e, quiçá, ingressar no grupo de teatro do Clube PT. Fiquei a saber que se planeia levar a cena uma pequena peça para crianças por altura do Carnaval com o pessoal do atelier. Ou seja em Fevereiro entraríamos em ensaios... A peça infantil seria composta por pequenos sketches... Primeiro sinal de alarme, já se sabe que os actores são péssimos, somos todos amadores e a maioria nunca pisou um palco na vida, portanto para sair alguma coisa com o mínimo de decência teria que ser um bom texto. Ora bem sketches dá ar de ser uma coisa escrita por um jeitoso qualquer... BAD CALL!!! A ver vamos... Por outro lado subi ao palco do pequeno auditório que não conhecia... quase 100 lugares... suores frios... espero que tudo corra bem...

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Esclarecimento

A administração deste blog não certifica a sanidade mental do autor dos posts nele contido, nem se responsabiliza pelos conteudos dos mesmos. Quaisquer danos causados por estes devaneios são da estrita responsabilidade dos leitores. Aliás pedimos mesmo desculpa por qualquer incómodo que o Sopros possa causar, não leia mais... por favor vá-se embora... se não fosse por estarmos nos quadros e termos despesas fixas despediamo-nos... mas enfim vá... bof... o que é que um gajo vai fazer... pronto, um tipo engole vá... podia ser pior...

Não digam que não avisámos... ai céus... que vergonha...

The horror... the horror...

Eu sou Deus!


Quando eu estou só as pessoas à minha volta ficam sós, agora que encontrei alguem (muito) especial toda a gente que sofreu, acabou namoros, deixou, foi deixado, temeu nunca encontrar ninguem, está de novo a ser feliz, o mundo à minha volta está a enamorar-se! Nos últimos três dias foram mais duas amigas que, de repente, conheceram alguem e se apaixonaram... e como eu vi todos os romances a ruir à minha volta quando fiquei sozinho, havendo agora um gigantesco processo de reconstrução afectiva cheguei a esta brilhante conclusão... EU SOU DEUS!!!




ADOREM-ME!!!!

"Whenever I feel the urge to exercize, I lay down until it passes..."


Às vezes, infelizmente, eu tambem...

Hoje estou a falar demasiado em dinheiro, mas quando um gajo está tão apertado como eu e com o saldo tão em baixo como o meu... não consegue deixar de se preocupar...

Sexta feira 13

Hoje é sexta feira 13... As origens desta suprestição remonta à Ultima Ceia de Cristo e aos dias santos pagãos...
Será que o gajo a quem sair os 103 milhões (um e três de novo) logo à noite se vai sentir muito azarado?

Ontem acendeu-se...

Ontem sem mais nem menos acendeu-se uma luz no meu tablier do chaço que conduzo. Sem saber nada de mecânica levei-o hoje a uma oficina, depois de ontem ter acalmado o meu pânico com um expert na matéria, acerca das possiveis origens dessa luz...
Cheguei hoje de manhã, já não muito cedo, porque na verdade me tinha esquecido completamente da marcação. "Ah, mas isto é fácil, isto é rápido não custa nada, uma horinha e já está, é só um pinchavelho que acciona as luzes do travão que pifou..."
E uma hora depois este fácil, nada, mínimo custou-me 75 euros! Pimba! E em peças forma 26, o resto foi pagar uma horinha de trabalho e impostos... Uf... Dores...

quinta-feira, janeiro 12, 2006

"Para que são criadas as leis? As leis são uma reacção a uma acção adversa para a sociedade. Portanto o crime existe antes da lei..."

O grito do peixe

Tive medo, é verdade, tive medo. Esta semana tenho tido algum azar de cada vez que saio de casa. Foi o ZDB que não gostei nada, o Odete pelo mesmo caminho e só me lembrava da velha frase "não há duas sem três".
Ontem fui ao CCB ver a última criação de Clara Andermatt, O Grito do Peixe. Este foi um espectáculo criado a convite da Faro Capital Nacional da Cultura e tinha como permissa base a participação de alunos de uma escola de Olhão. Quando se fala em trabalhar com crianças, principalmente crianças sem formação artística específica como estas, correm-se diversos riscos. Para começar, existem limitações óbvias áquilo que elas podem e conseguem fazer, por outro lado um projecto deste tipo envolve muito tempo de ensaio e não é fácil manter um grupo de miudos atentos e interessados, principalmente quando se fala de dança contemporânea, sem nenhum tipo de estrutura narrativa que pudesse cativa-los. Existia portanto o sério risco de se desenhar algo ou perfeitamente banal e monótono ou um engano, em que na verdade os miudos fossem mais um adereço do que uma parte integrante e activa da coreografia. Para mim foi uma surpresa. Para começar é um pouco reduto chamar a O Grito do Peixe um bailado, tem elementos muito fortes cénicos, de teatro quase, artes circenses em alguns momentos e principalmente musicais, com uma banda rock com duas baterias em palco, sendo elementos participativos na coreografia e não só suporte sonoro.
Foi uma performance enérgica, gutural, carregada de sentimento, de entrega, da utilização dos corpos como elemento plástico individual, mas principalmente como massa de conjunto, em movimento constante, atingindo momentos brilhantes e inclusivé emocionais.
Com este espectáculo para mim "à terceira foi de vez"!
O grito do peixe foi um grito vibrante...

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Atelier de teatro criativo

A semana passada soube da existência de um atelier de teatro criativo dado pelo Pedro Wilson (actor e encenador que passou por companhias como a Comuna), que durava apenas um mês, onde se iriam desenvolver diversas técnicas de uma forma em princípio lúdica e criativa. Depois de alguma hesitação e do apoio da minha namorada e da minha mãe lá me inscrevi. Ontem foi a primeira aula.
Cheguei eram dez para as sete ao auditório do Clube PT na Alameda de Linhas de Torres, a dez minutos do inicio não estava ninguem à porta e lá dentro estava apenas o Carlos, um homem magrinho dos seus quarenta anos. Pensei... tramei-me! Vou aturar isto com dois ou três gatos pingados... Felizmente o pessoal foi chegando com pouca pontualidade e fomos 25 no total, quase tudo abaixo dos 30 e quase tudo mulheres. A primeira sessão foi principalmente sobre o corpo, o conhecimento do nosso e dos outros com diversos exercícios, num clima de descontração e boa-disposição que se esperava. Acabou com mini-mini representações de dois minutos cada, com grupos de 6 pessoas, a improvisar um teatro infantil. Com 5 mulheres no meu grupo fiz de Gata Borralheira!
Começou bem e parece-me vir a ser uma experiência interessante, espero não me viciar...

Odete

Odete é a segunda longa metragem de João Pedro Rodrigues, a seguir ao controverso "O Fantasma" onde o cineasta continua a explorar o universo gay no seu lado mais cru e muitas vezes carnal. Odete é a história de uma mulher obcecada por ter um filho, que transfere a sua loucura numa fixação doentia por um vizinho homossexual que morreu num acidente. Nos outros vértices deste drama estão Rui e Teresa, respectivamente namorado e mãe do defunto.
Este é um filme falhado, à excepção de Teresa Madruga ninguem no elenco tem pedalada para as emoções que a fita exige. Ana Cristina Oliveira funciona quando está calada, tem presença e expressão corporal adquiridas no seu trabalho de modelo, mas quando abre a boca é de um histerismo inacreditável. Nuno Gil (Rui), na sua estreia como actor, parece ter levado com uma pá na cabeça e estar a tentar recuperar os sentidos ao longo de todo o filme. Bem sei que é um personagem atormentado, mas convenhamos... não é desculpa!
João Pedro Rodrigues falha em construir uma narrativa credivel, as acções de Odete são sempre despropositadas e incrivelmente exageradas, levando o espectador a um catolicismo exasperante com constantes exclamações de "Pelo amor de Deus!" ou " Virgem Santissima não acredito!". A desculpa da demência e da dor dos personagens serve para justificar toda e qualquer acção, por mais disparatada ou inconsequente que seja. O filme pretende transmitir obsessão e desespero, mas acaba por transmitir sono e incredulidade.
Pequeno reparo final para o trabalho fraquissimo sobre o som, inexistente na maioria dos casos, com alguma música metida a martelo que é cortada sem apelo nem agravo, de uma forma brusca e precipitada entre cenas...

terça-feira, janeiro 10, 2006

Culpa dos divórcios é das mulheres!

Cheguei a esta brilhante conclusão. A culpa (principal) do aumento exponencial das taxas de divórcio é das mulheres. Ouvi diversas explicações, o stress da vida moderna, o tanto-faz com que se toma uma decisão destas, os problemas financeiros, yada, yada, yada... A verdade é que as mulheres hoje em dia são instruidas, cultas, pensam, trabalham, têm cursos superiores e já não estão para aturar as tretas que sempre aturaram ao longo da História. As mulheres hoje não se contentam apenas com um marido, querem um companheiro, alguem que as apoie e partilhe realmente uma vida. Até agora bastava a familia, bastava o apartamento mobilado, bastava a estabilidade. Com esta mudança nas expectativas femininas mudam tambem os seus comportamentos. Já não ficam em casa, já não dizem que sim a tudo, já não trazem os chinelos, já não têm o jantar pronto, já não tratam sozinhas dos filhos. Como tal, os homens já não têm aquilo a que tradicionalmente foram habituados. E ainda bem...
Ok pronto... escolhi este título para que começassem a lêr, na verdade não é das mulheres, mas da mudança das mulheres e da falta de mudança dos homens. Passo a explicar...
A questão é que a socialização, apesar de estar em mudança, ainda se mantem num patamar bastante retrógrado. Aquilo com que se entope a cabeça masculina acerca do ideal de mulher ao longo de anos e anos de crescimento ainda não mudou assim tanto. A base contínua a ser a apreciação do corpo e já agora dos dotes domésticos. Primeira pergunta que se faz quando alguem diz que arranjou namorada :"É gira?". Não é um aborto! Apaixonei-me pelo Monstro da Lagoa Negra! Mas que obsessão é essa com o protótipo silicónico de beleza? É claro que normalmente a paixão envolve uma atracção física, as coisas costumam estar interligadas, é dificil criar uma relação com alguem que nos repugna, mas desde quando é que isso é o mais importante? Desde quando é que isso é o suporte seja do que for? Mas se a base não é essa então qual é? A personalidade, os interesses comuns? A pessoa? Então digam-me, quantos homens é que têm amigas mulheres? Mesmo, não é amizades banais, namoradas de amigos, mas sim amigas no seu círculo íntimo, daquelas a quem se liga para ir à bola, ou desabafar, ou chorar (se isso não puser em causa a sua masculinidade...)? Os homens ainda têm quase só amigos homens e as mulheres amigas mulheres. As expectativas criadas com anos e anos de conversas, piadas, filmes e inibições ainda são muito similares. Quantas vezes não se ouve a mesma frase "Lá acabou a liberdade hein?" - "Despedida de solteiro é a tua última noite como homem livre!" - Última? Mas se se vão casar não será suposto querem partilhar a vida com aquela pessoa mais do que com qualquer outra? O bem-bom devia estar a começar nesse dia e não a acabar.
Mas para isso é preciso que exista verdadeira partilha. Mas como criar? Se em média as verdadeiras ligações de amizade são com pessoas do mesmo sexo? Como partilhar a VIDA, se nunca se partilhou uma amizade verdadeira, séria? Espera-se criar uma ligação profunda com uma mulher quando começa o namoro, sem nunca se ter tido uma ligação a mulher nenhuma que seja verdadeiramente forte?
Com a emancipação das mulheres a única solução é os sexos criarem laços sinceros EXTRA-romance, que um homem e uma mulher tomem um copo sem que se ache que existe ali algum tipo de clima ou de engate. Que quando eu digo que tenho mais amigas que amigos não achem que eu devo ser algum tipo de Casanova de segunda classe. É preciso queimar os esteriótipos, destrui-los, enterrá-los.
Felizmente atravessamos apenas um período de adaptação e não uma fase crescente em que às tantas nenhuma relação dura...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Projecto em Execução

Tinha visto na Sic Noticias uma reportagem sobre esta peça, o Y do Público fez-lhe uma recepção entusiasta e ouvi uma recomendação do irmão de uma amiga. Este fim de semana resolvi fazer uma visita a este projecto que é uma colaboração entra a ZDB e a Mala Voadora.
"Três "amigas-actrizes" juntam-se para jantar. O encontro repete-se três vezes, na casa de cada uma delas. De repente, aqueles momentos de intimidade saltam para o palco e vão-se revelando aos nossos olhos. É assim o Projecto de Execução da Mala Voadora, que estreia esta quarta (21.30), no espaço Negócio da Galeria Zé dos Bois (ZDB), Lisboa.Os jantares fazem-se objectivamente, com os gestos e acções próprias das acções que têm de ser levadas a cabo, e fazem-se afectivamente, nas palavras e nas conversas de uma cumplicidade entre amigas. E a peça faz-se com os mesmos ingredientes, numa "cozinha síntese" que resume as conversas, o ambiente e os objectos das três refeições que aconteceram na realidade. Existe uma "transformação da matéria em espectáculo", segundo explica ao DN Jorge Andrade, da Mala Voadora." - assim começa o texto do DN sobre o projecto. O que ninguem menciona é que estamos perante uma fraude. O início do espectáculo é prometedor, a utilização dos sons e dos cheiros de uma cozinha na escuridão do espaço Negócio fazia prever uma abordagem interessante a uma temática teoricamente banal. As projecções de imagens e o jogo côr-sombra se não eram originais eram pelo menos imaginativas. O pior é que nesta peça - e uso o termo com reticências - de uma hora, passamos pelo menos meia hora com as actrizes - mais reticências - a passear pelo palco de uma forma mecânica, sem motivo nem finalidade, sem expressão dramática nem beleza plástica. Pura e simplesmente estavam lá, numa tentativa de serem retro-experimentais, num abuso do vale tudo em nome da pseudo-inovação. Quando finalmente abrem a boca são de uma banalidade atrós, sem uma ideia, um gesto, uma frase que merecesse o mínimo de atenção. No final acabam a jantar e eu a pensar que com estes seis euros mais valia ter ido comer um bacalhau à braz...


Projecto de Execução
Mala Voadora
Jorge Andrade, autoria;
Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas e Teresa Ferreira, interpretação.
de 2006/01/04 até 2006/01/21
Qua a Sáb: 21h30
Peça que se desenvolve em torno de três amigas, todas actrizes, que se encontram para preparar um jantar.
Preço dos bilhetes: 6,00 €

Post rápido que tenho a Ecofilmes e a Columbia para tratar...

Diálogo entre um casal coquete dos seus trinta e poucos que ouvi enquanto esperava um elevador num hotel no Chiado:
- Sabes que a (não me lembro dos nomes portanto vou inventar) Mariana e o Lourenço alugaram aqui um quarto no hotel para conversar, mas só para conversar percebes?
- Ah sim?
- Pois, mas não vieram quando se lembraram que isso era nas vésperas do seu casamento, ficava mal...
- Claro...


?????????????? (e não é que devo viver noutro planeta mesmo...)

sábado, janeiro 07, 2006

Tão poucochinho...

A Sic Noticias está a transmitir uma série de entrevistas aos candidatos presidencias, com um formato bem interessante. Em vez do normal pergunta-resposta num estúdio, o entrevistador e o entrevistado passeam por entre locais que dizem algo ao candidato, da residência, local de trabalho, sitios favoritos entre outros. Ontem vi o Sr. Silva. Apenas um apontamento. Perguntaram-lhe o que achava do facto de ser atacado como um homem sem cultura. Respondeu que a definição de cultura é mais abrangente do que a normalmente usada. Se procurar no Google... No Google? Brutal! Que moderno!
Continuaram as perguntas:

  1. último livro que leu? Foi sobre o terramoto, mas não vou dizer qual era para não descriminar os autores de livros que eu não menciono (hum... deve pensar que existem 5 autores no total e que todos querem ser mencionados)...
  2. último filme? Vou com o meu neto ao cinema, vi o Nemo, o Xereque (o quem? AH o Shrek, tá bem... mas o homem é um cinéfilo!)
  3. última peça de teatro? Ao teatro vou menos (menos que o quê? que os livros que não lê ou que os filmes que não vê?). A última que vi foi naquela companhia da Praça de Espanha (azar! há logo duas na Praça de Espanha, mas deve ser o Teatro Aberto, porque na Comuna não creio que fosse!)

E o tramado é que um tipo não quer que o representante máximo da nação seja um tacanho, seja um gajo tão... poucochinho...

sexta-feira, janeiro 06, 2006

To M

Este vai para uma amiga de contrastes, que conheci ontem , mas na verdade noutros tempos, que é mãe e filha, miuda e vivida, hi-society e BE, que conhece meio mundo, que quer correr meio mundo, que sonha com o estrangeiro e gosta de Lisboa, que diz as coisas de peito aberto e fala de tudo como se não fosse nada, que não pode com os cheiros fortes, os pós e os fumos, que é intensa e descontraida, sensual e tímida, leoa aguerrida e frágil insegura, que conversa, conversa, conversa e me dizia surpresa a rir "Miguel, estamos a ficar intimos!", que saiu a correr da minha casa por causa do verniz posto de fresco, que parece de Coimbra mas não é, que gastou horas e horas a teclar disparates comigo no messenger, que atura tudo por causa da filha, que passa por tudo por causa da filha, que enfim... adora a filha, que tem uma filha que merece essa dedicação, que tem irmãos e meios-irmãos e quase irmãos e (safa...) nem sei mais espalhados por todo o lado, que fotografou e escreveu, fez e aconteceu, e resolveu ir tirar um curso quando sentiu a sua falta, com quem já ri, sorri e desabafei, que tem aparelho, borbulhas (que está a perder) e a idade de Cristo, que tem sentido de humor e saber estar, que agora para juntar a tudo... é doutora!
Parabens!

E no meio disto tudo passou muito pouco tempo...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Mensagem de ano novo - para desanuviar... (reescrito)


"Que as pulgas de mil cães vadios infestem o cu daqueles que vos lixaram o ano todo e que os seus braços encolham de forma a não poderem coça-lo!"

Vergonha Reloaded

Reloaded talvez não, é mais explained. Para começar, John como podes ter visto no meu comentário o post anterior não se passou comigo, aliás dificil seria, porque como sabes não tenho filhos e eu falo do abandono do lar por parte de um homem. Haveria sempre a hipótese gay, mas essa está descartada, e aí é que os filhos não fariam sentido mesmo.
Houve alguem muito chegado a mim que foi deixada, de repente, com filhos pequenos nos braços, trocada por uma besta de segunda e com contornos muito feios, vergonhosos mesmo, que me abstenho aqui de desenvolver. Soube isto ontem, estava a sair de casa para ir para o Yoga quando soube, fiquei a falar sobre o assunto e perdi a aula. Há duas semanas que não vou e fazia-me mesmo falta quer fisica quer animicamente.
O meu problema é que sou um romântico. Com esta idade e nesta época mas eu sou um romântico. Acredito no amor, na confiança, na partilha absoluta, na cara-metade. Pior ainda, eu acredito que há bases minimas no comportamento humano, que há niveis abaixo dos quais a pessoa não desce e tenho dificuldade em compreender certas atitudes. Não falo em desculpar ou sequer empatizar, mas compreender como é possivel, como é que alguem consegue acordar no dia a seguir, como consegue viver consigo mesmo. Se juntarmos a isto o facto de ter um sentido muito apurado dos meus, daqueles que me são próximos, sejam amigos seja familia, agrava ainda mais a minha reacção. Ontem fiquei irritado, magoado, incrédulo. Ontem soube que uma familia muito próxima de mim ficou de repente desfeita de uma forma cruel, repentina. Fiquei a saber que pessoas que estão na minha intimidade afinal têm uma falta de carácter imensa, são verdadeiras bestas. E espero que ele sofra... mesmo...muito...

PS - Para que se esclareçam as duvidas que um comentário criou... eu tenho mais que uma mary a comentar-me o blog...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Vergonha na cara!

Detesto frases feitas,detesto preconceitos, detesto generalizações, mas por vezes,perante a vida, apetece-me gritar em plenos pulmões! Os homens são uns cães!!!! Bem sei que sou homem, bem sei que estes rótulos são imbecis, mas há gente, há situações que se repetem, que acontecem vezes sem conta e me fazem ter vergonha de ser do mesmo género que certas pessoas. Filhos da puta! Mimados, imbecis, imaturos, egoistas! Deviam ser presos! Como podem ser tão cabrões, tão cegos? Qualquer relação pode acabar, tudo pode ter um fim, é normal, mas há coisas que não se acreditam, há coisas que não se aceitam! Os homens são cabrões? Não, porque estes pulhas não chegam a ser homens! Um homem a sério não mente, não engana, não foge! Um homem não fode pelas costas uma puta qualquer, um rabo de saia de merda que nem vale o preço das cuecas que despe! Um homem trata dos seus, trata dos filhos! Dos seus filhos, que ainda crianças não têm culpa que o pai seja uma besta! O amor acaba, as relações acabam, mas um homem lida com isso com tomates e resolve as situações com cabeça, com paciência, com compaixão, com cuidado. Um homem não pisa, não destroi vidas assim, num capricho!
... e que ninguem cometa o erro de hipotecar a sua vida por causa de uma relação. O Amor é algo único, mas sempre podendo cada um de nós fincar os pés no chão e sobreviver pelos nossos meios!

Palavras assim


Um tipo tenta e descobre que não consegue, falta-lhe o dom, o engenho, o talento e, no meu caso específico, até o número de livros lidos para poder usar com arte a palavra. Para quem me conhece pode parecer um pouco estranho. Nunca tive dificuldade em me expressar verbalmente e tenho a infeliz mania de escrever. Pode-se dizer que escrevi com regularidade a maior parte da minha existência, aos onze anos lembro-me de ter feito o meu primeiro texto, sem contar obviamente com tudo o que se faz no âmbito escolar. A escrita tornou-se numa constante, durante toda a minha adolescência passou a ser inclusivé o único escape que encontrei, a forma de manter a minha sanidade mental. É interessante hoje reler os meus velhos textos e perceber a evolução que ocorreu dos 11 aos 22. Desde então o teor do que escrevo mudou radicalmente. Acabaram-se os textos pessoais, virei-me para a ficção, argumentos nunca filmados, na verdade nunca acabados, e meia duzia de críticas de cinema numa tentativa vã de começar a escrever num jornal (estive perto, muito perto, mas infelizmente morri na praia). Desde Agosto que comecei um outro tipo de escrita. Menos cuidada, apressada, quase oral. Uma espécie de mini-diário público, este blog. Diário nem sempre totalmente aberto, honesto sim, mas escolhido, cuidado, que existem partes de mim que não são para escrutínio geral, que são só minhas. Raramente menciono os nomes das pessoas que me rodeiam, e muito, mas mesmo muito raramente falo da minha relação ou daqueles que me são mesmo chegados, pelo menos de uma forma explícita, com data e hora.
Posso dizer que tenho uma relação próxima com as palavras, apesar da mediania daquilo que eu próprio escrevo, já ouvi ou li um pouco de tudo, das maiores barbaridades às grandes declarações de amor, do insulto mais abjecto à mais subtil poesia.
Contudo, por vezes, sou surpreendido por pequenas palavras. Ontem ouvi oito pequenas palavras, nem especialmente diferentes, inovadoras ou que me revelassem algo que eu não soubesse já ou pelo menos fosse sabendo. Foram oito pequenas palavras e, de repente, apeteceu-me rir como uma criança. Oito pequenas palavras e a felicidade invadiu-me a jorros, sem medo nem pedir licença Há palavras assim...

terça-feira, janeiro 03, 2006

It only hurts when you look at it...

Há gajos que não pensam. Há gajos que querem assar morcelas e, para abrir uma garrafa de alcóol, usam um cutelo. Há cutelos que fogem da mão e arrancam um pedaço grande de dedo. E tipos estúpidos o suficiente para pôr o dedo 5 minutos debaixo de água a correr e portanto não parar de sangrar. E felizmente há tipos com amigas farmacêuticas que passam o ano conosco e sabem fazer um curativo mesmo quando não tens gaze, nem adesivo, nem Betadine, nem água oxigenada. Há tipos que andam há três dias com um polegar entrapado e a mudar pensos duas vezes por dia. Há dedos que mesmo três dias depois ainda doem. Há feridas que vão deixar marca, para alem de outra que este mesmo dedo já tem (apesar de não se notar...). Há tambem quem ache piada a cicatrizes com história, que têm vida para contar e trazem memórias presas por um cordel...

Menu de Ano Novo


Dia 31 e as compras de supermercado feitas a correr. O Carrefour estava a abarrotar. Não é o meu supermercado favorito, mas sempre bate o Feira Nova e estava em caminho. Lista feita, encomendas entregues e muito que andar. Primeira passagem de ano na minha casa, muita responsabilidade. Eu sei, éramos poucos e sim tudo amigos, mas mesmo assim foi em minha casa e queria que as coisas corressem bem.
Nos meus anos aprendi duas coisas acerca do meu poiso pombalino, primeiro a cozinha é o local de preferência, pelo menos por enquanto, é onde está a comida, a única mesa da casa, o calor e o maior numero de sítios para se sentar (quatro bancos, a borda do fogão e... chão!). Em segundo lugar, pelo menos até ter mesa de jantar na sala com cadeiras e serviço completo e coisas de gente, o pessoal não gosta muito de comida mesmo, mas prefere petiscos (aprendi após ficar com 3 tabuleiros de frango que nenhuma das 15 ou 16 pessoas que lá estiveram no 1 de Novembro sequer tocaram). Com isto em mente preparei o menu de passagem de ano:

Amendoins e aperitivos
Tostas grandes e pequenas
3 tipos de pão
3 tipos de queijo e um queijo fresco
Salpicão
Manteiga e queijo de barrar
Panados de frango
Tremoços
Linguiça assada
Morçela assada
Pão de alho no forno
Pasta de atum
Pickles
Couve-flor gratinada no forno
Pimentos com azeite
Chevre em massa folhada
Cogumelos com natas e vinho do Porto
Beringelas
Calamares
Bolo Rei
Torta de Azeitão
Gelado de Nata com chocolate quente
Filhoses e fatias douradas
Aletria, arroz doce e mexidos (apenas o suficiente para provar)
Super Bock Stout
Vinho Tinto
Ginginha
Coca-Cola
Gin Tónico
Vinho do Porto
Martini
E os habituais espumante e passas


Uff... Estou mesmo a precisar de almoçar....

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Info que não interessa a ninguem...

A receita de carne de porco à alentejana é originária do algarve. Um problema dos porcos é que a sua carne ganha facilmente o sabor daquilo que o porco comeu durante a sua vida. No algarve a alimentação que davam aos bichos era à base de restos de peixe e os començais queixavam-se do sabor do porco. Para resolver a situação começou-se a utilizar a carne vinda do alentejo e a designar a origem da mesma nos menus para descansar os palatos das gentes esfaimadas. Com o passar do tempo a própria receita começou a ganhar o nome de carne de porco à alentejana. Isto apesar de obviamente o alentejo não ser o sitio mais propício para se arranjar mexilhão...

A questão é... será que esta informação interessa a alguem?

Movie Update

Este tempito entre Natal e Ano Novo não foi muito profícuo em termos de idas ao cinema, foram apenas duas (só duas) visitas, mas ambas valeram a pena.
Em primeiro lugar vi o muito aguardado Broken Flowers - Flores Partidas. Sou um fã confesso de Jim Jarmusch, este filme tinha inclusivé ganho o Grande Prémio do Juri em Cannes (prémio tipo medalha de prata) e prometia. Não desilude, o sentido de humor agri-doce de Jarmusch é delicioso, Bill Murray tem mais uma grande performance de um underacting primoroso e podia ser brilhante, não fosse um desenvolver apressado das situações de duas das seis mulheres do filme e a abordagem atabalhoada a um rapaz... mas não quero desvendar demasiado e não, não é um filme gay apesar do que a minha última frase sugere.
O segundo filme foi o The Ghost Raid - O Resgate dos "Soldados Fantasma". O titulo em português é pobre e tenta demasiado uma colagem ao Resgate do Soldado Ryan, com o qual esta fita tem pouco a vêr. Este é um caso de uma pelicula sólida, bem filmada, bem escrita, com emoções fortes, sem nunca se exceder mas sem deixar os seus créditos por mãos alheias e que conta a história veridica do maior resgate do exército americano que ocorreu durante a 2ª Guerra Mundial. Infelizmente está practicamente incógnito numa sala apenas (Alvaláxia) em Lisboa...

Voltei!

Passou a correr foi uma semanita de pausa, de férias em Lisboa sem net nem nada... É mau deixar a Baixa mas bom voltar ao blog...